Esta loucura desabrida, de um amor sem medida, que corrói a minha inocência, me dá volta à vida, deixa-me em estado de demência, desse amor que abriu falência, magoou e causou dor, deixou-me neste torpor, sem nenhuma displicência.
Era amor que me levava à loucura, na minha forma mais pura, de poder ser como sou, com carinho e com ternura, que o meu lado oculto te mostrou, a essência do meu ser, sem nada ter que esconder, que esse teu lado negro despertou, e nos rendeu ao prazer, até que sem esperar desmoronou.
Em tudo eras perfeito, sem juízos de valor, por que me querias como sou, e tudo de intenso que se passou, fazendo um sonho parecer, alimentando todo este meu querer, que a alma me serenava, me possuía e acalentava, toda uma esperança vã, de uma loucura sã, que acabou por morrer, sem sequer te chegar a ter.
E agora como te apago, foste veneno que bebi de um trago, por todo o corpo te disseminaste, a minha alma envenenaste, foste a maçã desejada, doce e de cores vivas pintada, mas depressa te cansaste, foste maçã envenenada.
Miss Kitty