Esta loucura desabrida, de um amor sem medida, que corrói a minha inocência, me dá volta à vida, deixa-me em estado de demência, desse amor que abriu falência, magoou e causou dor, deixou-me neste torpor, sem nenhuma displicência.
Era amor que me levava à loucura, na minha forma mais pura, de poder ser como sou, com carinho e com ternura, que o meu lado oculto te mostrou, a essência do meu ser, sem nada ter que esconder, que esse teu lado negro despertou, e nos rendeu ao prazer, até que sem esperar desmoronou.
Em tudo eras perfeito, sem juízos de valor, por que me querias como sou, e tudo de intenso que se passou, fazendo um sonho parecer, alimentando todo este meu querer, que a alma me serenava, me possuía e acalentava, toda uma esperança vã, de uma loucura sã, que acabou por morrer, sem sequer te chegar a ter.
E agora como te apago, foste veneno que bebi de um trago, por todo o corpo te disseminaste, a minha alma envenenaste, foste a maçã desejada, doce e de cores vivas pintada, mas depressa te cansaste, foste maçã envenenada.
Miss Kitty
A paixão, uma gatinha levada que se alimenta de novidade e desafio. Ai de quem se apaixonada, espera, projeta sonhos e eroticidades que se alimentam de falta e futuro. Esperança é a indiferente face cruel do sonho que não depende de ti.
Aprecio tua escrita, com tal repertório e harmonia, versos em prosa. Parágrafos definidos e organizados. Sentimento, amor, paixão, dor, alegria, transparentes. Com eloquência tua alma discursa, nua e sem pudor. Elegante, mesmo em dor.
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Ah… tento pautar-me pela elegância sim, não gosto de vulgaridades…
Obrigada
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Se a maçã é envenenada, uma mordida basta pra perceber o mal… Olhar para o mundo de opções que lhe rodeia e dizer: Desculpe, amor, mas vou provar outra fruta. Essa me fez mal…
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Nem mais, tudo dito, grata pelo comentário 🙂
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